Unha bem feita

[21 fev 2014 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Reflexos poéticos e cosméticos na Herdade do Esporão

Durante uma degustação na Herdade do Esporão, surge a questão: o que a industria dos cosméticos não perde ao dispensar uma boa degustação de vinhos… A brincadeira serve para apontar, sem trocadilho, um dos itens de análise e até de avaliação de vinhos tintos. é a unha do vinho, nome suspeito e mal escolhido para a coroa mais límpida do líquido no copo.

 

É uma forma feminina mas insuspeita de se avaliar o estágio de um vinho. Mas é para dar uma olhada rápida, para entender, pela cor mais ou menos vermelha, mais ou menos violeta, mais ou menos âmbar, a quantas anda a maturidade do que se tem ali em relação à safra que está no rótulo.

 

Mas tem gente que fica olhado para aquela parabólica por horas, em transe, discorrendo sobre obviedades para um dos dois tipos de públicos possíveis para aquela companhia: os que estão carecas de saber o que ele está dizendo – e os que não estão minimamente interessados.

 

Por acaso, na foto que fiz e que posto por pura galhofa pelo próprio formato da unha, fala um pouco sobre o vinho, já que as nuances de um vinho em evolução, querendo ganhar aquele belo tom de pôr do sol. Mas luz e fundo branco influenciam e, se não forem adequados, a leitura tem o mesmo valor da sentença de uma cigana de unhas mal feitas.

 



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