Os brancos de Faivelay

[11 ago 2014 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Ano que vem a Domaine Faively completa 190 anos cobrindo todas as áreas nobres da Borgonha, a grande maioria em propriedades próprias, mais de 80 por cento deles, de tintos festejadíssimos. Mas os brancos também têm suas relevâncias, com rótulos de denominações como Bâtard-Montrachet, Meursault, Corton-Charlemagne, Puligny-Montrachet e muito Mercurey.

 

O Chablis da família Faiveley: estala na boca (Foto: Pedro Mello e Souza)

E há também o Chassagne-Montrachet e o Chablis, que Erwan Faiveley, trazido pela importadora Decanter, apresentou, pessoalmente. No Chablis 2011, aquilo que o crítico Clive Coates descreveu, genericamente, a respeito dos brancos: “limpos, ricos e equilibrados”. E confere mesmo, pois é levemas com estrutura e alguma untuosidade. E fresco de estalar. E com flores no nariz, que, com a temperatura, evolui para aquela cesta à qual já nos acostumamos: abacaxis e maracujás.

 

No Chassagne-Montrachet 1er Cru Morgeot, a safra 2009 traz a cara da Borgonha branca: floral, profundoi, untuoso. Enche a boca e fica ali, com a elegância que um licor jamais teria. É um resultado do que Erwan chamou de scientific mind, já que equilibrou, na vinificação, o que a natureza não trouxe – ou trouxe em excesso: a chuva. “Very frustrating”, insistiu, enquanto o pêssego evoluía no nariz.

 



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