A arte do ovo mexido

[22 out 2015 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]
Cremosos, não batidos, esses são os ovos mexidos que poderiam me garantir um emprego no Antiquarius (Foto Pedro Mello e Souza)

Cremosos, não batidos, esses são os ovos mexidos que poderiam me garantir um emprego no Antiquarius (Foto Pedro Mello e Souza)

Não cozinho como um profissional, mas dou minhas cacetadas. Essa é uma delas. Parece simples, mas o ponto, o olho e o pulso para manter o preparado na distância adequada do foto valem tudo.

 

Me lembra o Sr. Carlos Perico, do Antiquarius, entrevistando “chefs”. Depois de ler seus currículos, recheados de batatas cortadas no Mugaritz e copos lustrosos no El Bulli, ele lança o desafio que, até agora, derrubou todos eles: “faz aí um ovo mexido”.

 

Não seria contratado, pois faço outras poucas coisas com esse apuro. E, nesse caso, sempre brinco com os amigos: você nunca ouviu falar em ovo mexido. Depois de provar esse aí da foto, há quem concorde. E lancei a fórmula no instagram, com o hero breakfast e a arte do ovo mexido:

 

  • abrir como ovos fritos sobre manteiga não muito quente
  • romper e mexer devagar a gema sobre a clara já ligeiramente branca
  • controlar o fogo para garantir a textura cremosa
  • servir com flor de sale uma rodada do moinho da pimenta-do-reino
  • sentir na mesa o primeiro orgasmo do dia.

 

 


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