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Tag: Enciclopédia
 
Lasanha em 4D
[23 mar 2017 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

A rigor, as lasanhas têm quatro importantes estágios de exuberância na história. A primeira, na criatividade dos gregos. A segunda, dos afrescos de Pompeia. A terceira, dos americanos, que a popularizaram no pós-guerra – os próprios italianos do norte a desprezavam – e, finalmente, com o personagem Garfield, de Jim Davis, que a transformou em [ Leia mais… ]

 
Caqui
[20 maio 2015 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Há quem diga que os “comedores de lótus”, de Homero, eram, na realidade, comedores de caqui. Para nós, que sempre associamos a origem da fruta à delicadeza dos jardins imperiais japonees, a distância para a Grécia Antiga é longa tanto no tempo quanto no espaço. Por aqui, chegou em fins do século 19, antes como [ Leia mais… ]

 
Duas aulas de gengibre
[11 abr 2015 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

A primeira aula, essa aí de cima, é do Claudio Freitas, que  levou o frescor do gengibre a uma fórmula improvável, o bolo de milho, mais ainda quando é servido como um dos pratos principais do novo menu sazonal do Bazzar. A  mão leve não permite o que acontece frequentemente: um gengibre invasivo, que, nos [ Leia mais… ]

 
Frutos do mar, lado B
[12 fev 2015 | Pedro Mello e Souza | 2 comentários ]

As definições para frutos do mar podem, sem trocadilhos, ser bem vagas. Há quem inclua certos peixes para a explicação mais genérica. E há os radicais, que excluem certos crustáceos. É uma discussão globalizada pelo fato maior do paladar: as conchas, essas sim, incluídas em todas as classificações, estão na moda. Vieiras e mexilhões puxam [ Leia mais… ]

 
A língua das carnes
[8 jan 2015 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

  “A superfície é dourada e se mantém crepitante; a lâmina da faca desce fácil e suave; e o paladar invade a boca, em um complexo de texturas finas, de suculência perfumada e de aromas e sabores intensos e elegantes. Já na primeira garfada, o comensal pára por alguns segundos e fecha os olhos. E [ Leia mais… ]

 
A onda dos percebes
[25 out 2014 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Curiosa, assustadora e polêmica especialidade das costas portuguesas, galegas e asturianas, trata-se de um crustáceo que se prende à rocha, na altura das ondas, com um pé longo, escuro e rugoso, que termina em uma cabeça de cascas duras mas bem lisas, como se fossem bicos de pássaros tragados pelo pena de algum designer hiper-realista. [ Leia mais… ]

 
Cervelat
[9 out 2014 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

“Si sacque son espée Baise-mon-cul (ainsi la nommoit-il) à deux mains, et trancha le cervelat en deux pièces. Vray Dieu, qu’il estoit gras! … Ce cervelat écervelé, coururent Andouilles sus Gymnaste, et le terrassoient vilainnement, quand Pantagruel avecques ses gens accourut le grand pas au secours”.   E assim, com a antiga grafia “cervelat”, Rabelais [ Leia mais… ]

 
A lenda do quibe cru
[25 ago 2014 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

O quibe cru é uma daquelas vítimas do bairrismo cultural e, por consequência trágica, do culinário. Conhecê-lo como o steak tartare árabe é a mesma injustiça de denominar o cassoulet como a feijoada francesa. Aos motivos: originalmente, o ‘kibbeh nayeh’, interpretação mais comum de كبة نيئة, é tradição, sírio-libanesa muito anterior à criação do tartare [ Leia mais… ]

 
Fraldinha não existe?
[10 mar 2014 | Pedro Mello e Souza | 2 comentários ]

Pelo menos para os dicionários tradicionais, a fraldinha, deliciosa, suculenta, corte fundamental para um churrasco digno de menção, não existe. A pesquisa nas versões que eu tenho de Aurélio Buarque de Hollanda e de Antonio Houaiss, que se dizia gourmet, levam a gracejos como fraldilha e fraldicurto. Tentei “fraldão”, mas sem item com relação com [ Leia mais… ]

 
Lasagnette: o fim de Marco Polo
[20 jan 2014 | Pedro Mello e Souza | Um comentário ]

Nada mais vencido e datado do que a história das massas italianas que atribui sua chegada no Ocidente a Marco Polo. Há algum tempo, os historiadores se dividem: um grupo deles assegura que o mais próximo que lendário viajante veneziano esteve da China foi uma masmorra persa. Outros, bem mais embasados, mostram que o garboso [ Leia mais… ]

 
Vieiras na história
[29 maio 2013 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Modelo da criação em obras de Botticelli e Rafael e, posteriormente da logomarca da petrolífera Shell. Essa é a trajetória do belo desenho da concha pela qual a vieira é conhecida. Na Idade Média, já era associada à imagem de São Tiago, que lhe valeu a denominação em praticamente toda a Europa (vieiras de santiago, [ Leia mais… ]

 
O pudim e o abade
[21 fev 2013 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

É pudim de sofisticada e gordíssima massa de açúcar derretido com canela, toucinho e cascas de limão, ao qual juntam-se gemas e vinho do porto. Depois de assado e desenformado, guarnecem-lhe nozes, se convier. A receita é atribuído ao padre Manoel Joaquim Machado Rebello, abade da cidade de Priscos, que seria ainda autor de uma [ Leia mais… ]

 
O pão é a batata
[14 jan 2013 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

  14 de janeiro. Nesta data, em 1790, há mais de dois séculos, surgia o pão-de-batata. O curioso é que a iguaria não surgiu de uma cozinha, mas do laboratório do cientista francês Antoine-Augustin Parmentier. Durante o caos da Revolução Francesa, seis meses depois da queda da Bastilha, ele recebeu a autorização para trabalhar uma fórmula [ Leia mais… ]

 
Oriente-se
[17 out 2012 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Fusão sem muita confusão   Molho shoyu em prato indonésio? Receita cantonesa em cardápio tailandês? Bebida coreana em ambiente chinês? Não estranhe. Os encontros das diversas correntes culinárias do Sudeste Asiático acontece há milênios em toda a região que corre do leste da Índia ao norte do Japão, ao sabor de dominações, intercâmbios e migrações. [ Leia mais… ]

 
Estragão, o dragão
[1 out 2012 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

Estragão é um nome forte. Dá medo a qualquer cliente que pergunte ao maitre o que leve essa ou aquele molho. Ainda mais quando se sabe que é uma erva congênere do absinto. Não é fama justa, embora o paladar levemente anisado possa levantar discussões acaloradas às boas mesas.   A palavra “estragão” é remissão [ Leia mais… ]