“A Christmas Carol”. No Brasil, “Contos de Natal”, um dos títulos famosos de Charles Dickens, que a minha geração conhece mais por David Copperfiels e pelo dilacerante Oliver Twist. É um conto meio baixo astral, com a lição de moral sobre o avarento e velhaco Ebenezes Scrooge, que, mal saberia o escritor inglês, viria [ Leia mais… ]
Pêra Manca é um vinho multidisciplinar. Envolve histórias de descobrimentos, do Brasil ao Alentejo. Envolve discussões que vão das linhas dos rótulos à arte das falsificações. Envolve o avanço dos vinhos jovens e o lado venerável das velhas uvas. E envolve até as antropologias, das geológicas às linguísticas, com rápidas pinceladas de metafísica: no melhor [ Leia mais… ]
O que a chuva não faz no Rio, que é refrescar, esse aí cumpre com aplomb. Viapiana Brut Champenoise. Estala na boca, depois de 5 meses amando suas leveduras, nas quais conta a história de três uvas e seu encontro raro: chardonnay, viognier e glera, antiga prosecco. Nos aromas, as profundezas dos pães, das frutas [ Leia mais… ]
Aos namorados, fica a dica: brasileiros em Portugal resulta nisso aí, o Apaixonado, um vinho do Douro como deve ser: carinhoso, elegante, sedutor e gostosão. Sério, agora: primeira safra da produção da Ávidos, da ávida e apaixonada insistência de um advogado baiano, Plinio Simões Barbosa, que assumiu uma parcela no Douro Superior, área de vinhos [ Leia mais… ]
Blogs sobre vinhos são como uvas: há milhares, mas poucas vão realmente proporcionar o melhor produto. E, também como a uva, há os sites excepcionais – alguns até derrubam as previsões apocalípticas sobre o fim do papel, e acabam virando livros. Um desses é um blog chega a me irritar de tão bom. É [ Leia mais… ]
Um dos hábitos que o aumento do consumo do vinho nos trouxe é a curiosidade do consumidor em relação às uvas. Hábito bom, saudável, educador, por mais erudito que possa parecer. Não há nada de enochato nisso e as tendências das escolhas levam a indústria a dois caminhos. Um, o de seguir o gosto do [ Leia mais… ]
Chasselas, uva oxítona, de identidades múltiplas e encantos diversos. Menos para chatos e mais para châteaux. Ou Domaines, como o Maison Blanche, que os suíços trouxeram para a promoção dos vinhos do Valais, durante as Olimpíadas. São vinhos de encostas alpinas, que estão chegando com seis montes brancos e tintos. Chasselas é uva reclamada [ Leia mais… ]
Loire da nascente: Domaine de Pothiers, Côte Roannaise, em uma área em que a gente precisa olhar de perto pra ver o Loire. Ou viver a área de outra nascente, a da família Troisgros. Pra esse tinto de uva gamay-saint-roman, de belíssimo manto rubi, variação daquele que gera o clássico da área vizinha do Beaujolais, [ Leia mais… ]
Sim, sim, um syrah marroquino. E, sim, sim, um tinto de um dos poucos estados ditos islâmicos que avançam. Muito agradável, profundo, elegante, com nariz e boca fresca, sem agressividades e arestas. O dedo é de Alain Graillot, um dos mestres jedis da área de Crozes-Hermitage, que conheceu o vinhedo pedalando numa viagem. Daí [ Leia mais… ]
Devia ter meus 18 anos quando meu tio me enviou uma mensagem que os antigos chamavam de carta. Tinha o timbre do charmoso Hotel Plaza, em Nova York e, nela, ele descrevia, com caneta tinteiro, o pedido que fizera para seu café da manhã no quarto, meia dúzia de ostras de uma garrafa de chablis. [ Leia mais… ]
Meus alfarrábios indicam que agiorgitiko é interpretação oficial de αγιωργίτικο, grafado freqüentemente como aghiorghitiko (Pierre Galet) ou agiorgithiko (Jancis). Para todos os casos, uva de São Jorge. É a casta da moda na Grécia do início do século XXI, quando tornou-se a segunda mais colhida e a proporcionar os melhores resultados, com a instalação de [ Leia mais… ]
VINHOS, O NOVO PECADO DA CARNE Como diferentes uvas transformam dão nova grandeza a seu churrasco Pedro Mello e Souza O outono é uma temporada emblemática para os vinhos. Mais do que isso, é um ícone. E não somente porque é a época das colheitas no hemisfério norte, mas também porque [ Leia mais… ]
Delicado, de paladar cremoso, manto de bela e luminosa cor dourada. No nariz, um complexo de maçãs e pêssegos, de tostados, baunilhas e frutas cristalizadas. Essas são as marcas de uma das mais marcas mais jovens do mercado dos champanhes: a Nicolas Feuillatte, da área de Chouilly, que chega ao Brasil por esforço [ Leia mais… ]
Mais do que um comentário, vinhão é o nome de uma uva do norte de Portugal, onde é a matriz de tintos verdes do minho e integra cortes de vinhos do porto, nos quais pode entrar com seu outro apelido, sousão, e doses de duas de suas características, cor e acidez. Selvagem, taninosa e, definitivamente, [ Leia mais… ]
Aligoté, a uva branca esquecida da Borgonha. E reintegrada, cada vez mais, por produtores como Albert Bichot. Não conhece? Deveria. Nos anos 50, era um vinho de álcool tão baixo que podiam tomar no café da manhã. E de acidez tão alta que punham um pouco de licor de cassis para adoçar. Pronto. Criado o [ Leia mais… ]
WINE FOLLY + OXFORD COMPANION TO WINE O VINHO DE PAPEL PASSADO Esta deveria ser uma coluna de sugestões de presentes para o Natal, mas como já vi árvores montadas e panetones já em promoção, achei melhor me antecipar. Mercados exigem dinâmicas dos executivos e eu, como CEO dessa coluna, não posso ser exceção. [ Leia mais… ]
Velhíssima guarda do Almaviva, inicialmente como braço da Baron Philippe de Rothschild, depois como as duas pernas de um Bordeaux das cordilheiras. Evoluiu galantemente, com todas as competências – e bons clones do cabernet sauvignon. Quem tiver algum desses na adega, abra. Não tem mais no Brasil, portanto, se não abrir, durma com ele, [ Leia mais… ]
Tudo o que um vinho não pode é ser avesso à uva. Ainda mais se a uva é conhecida exatamente como “avesso”. Mais uma surpresa do reino dos vinhos verdes, com leveza, simplicidade, aroma e uma acidez esplêndida para abrir o apetite e fechar a refeição. E vem até com trocadilho junto, em um ápice [ Leia mais… ]
“O vinho é a poesia da terra”, dizem os versos de uma antiga trova siciliana. A ternura das palavras reflete o amor com que aquele país (as regiões italianas denominam-se paese) dedica aos seus vinhedos e às suas regiões, que, conta a história, cultivaram as primeiras uvas de qualidade que viriam, no futuro, a se [ Leia mais… ]
Para o Halloween que se aproxima, a criatividade dos rótulos de certos vinhos vai contribuir com a escolha do jantar da festa e manter o estilo dos requerimentos assustadores da data. Um deles é o Subterra, rótulo da americana Treefort Vinyards, de Napa Valley. Nesse rótulo, o do cabernet sauvignon da vinícola, mais do [ Leia mais… ]
Tem título que não é para todos. Um deles, um dos mais severos da França, é o Brevet Professionel de l’État de Sommellerie. E apenas uma brasileira o detém: Marina Giuberti, dona da Divvino, uma simpática parada para os brasileiros amantes dos vinhos. Localizada no 11ème Arrondissement, no Boulevard Voltaire, a loja recebe degustações [ Leia mais… ]
“Seriam os vinhos portugueses os mais excitantes do planeta, na atualidade?” Quem lançou essa questão foi o crítico americano Matt Kramer, um dos mais antigos colunistas da revista Wine Spectator. Entusiasmado com as degustações que fez recentemente, tomou uma decisão extrema: ele, que tinha ido ao país apenas duas vezes em quatro décadas, como [ Leia mais… ]
A francesa Vanessa Mitrani já ultrapassou a barreira do brilho no design. Para muitos, seu trabalho já é considerado arte, tanto pela beleza dos formatos e das cores quanto na criatividade dos formatos que quebra tudo o se conhece na arte de copos, vasilhas e decantadores. Da mesma forma, se o que era [ Leia mais… ]
Cor lindíssima do manto rubi, nariz perfumado e com frutas de todos os tipos, uma pimentinha pra condimentar. Na boca, tem estrutura mas muita delicadeza, além de uma acidez esplêndida. É uma combinação no estilo supertoscano, de sangiovese, que lhe dá frutinhas e um temperinho mineral com direito a um toque sangüíneo na boca, o [ Leia mais… ]
Que os chineses fazem grandes investimentos em vinhos, isso não é mais um segredo. Compram vinícolas fora do país, evoluem os seus vinhedos dentro das fronteiras. E, agora, começam a oferecer produtos relacionados e já com pinta de campeões. É o caso do decantador Aerato, da Xindao, uma marca de produtos de mesa e cozinha. [ Leia mais… ]
Quem precisa de alho no bolso? Basta um pouco de duas uvas alentejanas, a antiga trincadeira e a recente aliciante bouschet pra deixar todos de olho. Mas, nada a temer, já que o rótulo do Invejado já traz o antigo olho protetor dos egípcios e esse tinto leve mas de boa estrutura e de bela [ Leia mais… ]
A primeira menção de um vinho grego foi na infância, lendo Asterix nos Jogos Olímpicos. Não o filme patético, mas o livro exuberante, que cita, entre outras riquezas, o vin résineux. E foi o próprio retsina o primeiro caminho aos vinhos da região, já com o interesse de duas épocas mais tarde. Mais tarde, [ Leia mais… ]
É um vinho que, de tão encantador, é romântico até no nome. Foi criado em 1985 pelo Conde Giuseppe, proprietário da vinícola, por ocasião de suas bodas de ouro (ou, em italiano, nozze d’oro). É dedicado à sua esposa Franca “com amor imenso”. Obteve 89 pontos na Wine Spectator e 90 pontos no Robert Parker. [ Leia mais… ]
Arrepiado Velho seria um daqueles nomes divertidíssimos de blocos cariocas. Isso, se já não fosse uma das mais celebradas vinícolas do Alentejo moderno. Não são de lá, mas chegaram após as dicas de David Booth sobre a área de Sousel, na sub-região de Portalegre. Os rieslings dão um show de frescor (em Portugal, eles dizem [ Leia mais… ]
VINHOS O NOVO PECADO DA CARNE Como diferentes uvas transformam e dão nova grandeza a seu churrasco Pedro Mello e Souza O outono é uma temporada emblemática para os vinhos. Mais do que isso, é um ícone. E não somente porque é a época das colheitas no hemisfério norte, mas também porque [ Leia mais… ]