Mateus, bom de garfo

[1 ago 2011 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

 

PERFIL GASTRONÔMICO

Mateus Solano

Por Fernanda Menegotto

 

 

Galã em dose dupla na novela global “Viver a Vida” e, recentemente, em “Morde e Assopra”, o ator Mateus Solano é um sujeito simples. Gosta mesmo da cozinha feita com amor, aquela “da mamãe” . Não há ingrediente sofisticado ou chefe badalado que, para ele, substituam os pratos triviais e informalmente preparados. Caviar beluga? Bottarga? Vinho de rótulo premiado? Que nada. Nem o crème de la crème da nouvelle cuisine abala a preferência pela cozinha tipicamente brasileira. Em uma entrevista exclusiva, o ator confessou a paixão por pimenta em generosa quantidade. “Pimenta is hot, mas muito tempero is not”, diz o moço. Caipirinha, feijoada, queijo coalho também não saem do cardápio. Deslize gastronômico? Ovo cru, que Mateus a-do-ra comer escondido. Mas quem reparou nisso?

 

O que você considera alta e baixa gastronomia?

Baixa gastronomia é aquela feita sem amor. “Comidinha da mamãe” sempre será a mais alta gastronomia.

 

Qual o primeiro grande restaurante a te impressionar?

A saudosa churrascaria Marius, onde fui duas vezes na vida e nunca esqueci

 

Qual foi a sua experiência marcante – a maior até hoje – na área da gastronomia?

Acho que a paixão à primeira vista com a culinária japonesa.

 

Onde ainda não esteve, mas estará?

No Ostradamus, em Florianópolis, onde quero muito provar o rodízio de ostras deles.

 

Qual o “must” da cozinha nordestina?

Os restaurantes do Largo dos Guimarães, em Santa Tereza, têm um jabá com jerimum de se comer chorando.

 

O que você evita?

Fast food. Mas às vezes dá uma vontade e eu me estrago numa lanchonete. A verdade é que como de tudo, menos alcaçuz e marron glacê.

 

E do mar?

Adoro frutos do mar. Mas tem que ser bem preparado, né? A cozinha é uma arte, meu primeiro professor de teatro sempre dizia que é como o teatro: Você pode fazer o mesmo prato todos os dias e ele nunca será igual; e, com amor, tanto o prato quanto a peça ficam bem melhores.

 

E da cozinha brasileira?

Adoro feijoada. Comer é um dos meus maiores prazeres e não abriria mão de nada na minha feijoada.

 

Os restaurantes que freqüenta:

Entre os brasileiros, o Braseiro da Gávea; com os japoneses, no Manekineko. Entre os tailandeses, vou a qualquer um em Parati. Adoro a cozinha portuguesa do Nova Capela, na Lapa, a francesa do Le Vin, no Rio e em São Paulo, as fornerias e cantinas paulistanas, para os italianos, embora goste muita da pizza do O Forno, no Rio. Entre os botecos, o Taco, no Humaitá.

 

Os seus petiscos prediletos:

O bolinho de bacalhau do Nova Capela, o pastel da feira de Laranjeiras, o queijo coalho da Praia de Ipanema, o caldinho de feijão do Botequim Informal e a caipirinha do Hipódromo, na Gávea.

 

A grande preferência:

Pimenta, muita pimenta. Sou apreciador mesmo.

 

Le Vin - Blanquete de vitela reduzida

 

What’s hot e what’s not na gastronomia?

Pimenta é hot, mas muito tempero is not.

 

O que come sozinho em casa quando ninguém ta olhando…?

Ovo cru.

 

O que mais irrita em coquetéis?

Comida sem gosto.

 

O filme de gastronomia:

Estômago

 

Quem melhor come e quem melhor bebe no mundo?

Acho que é o brasileiro mesmo.

 

Quais os seus companheiros da boa mesa?

Qualquer um que eu goste.

 

O que falta dizer?

Muita, mas muita gente no mundo não tem o que comer.

 

O que falta comer?

Não sei, mas a vida é cheia de sabores pra gente provar. Quero sempre me surpreender.

 

Manekineko: rocambole de salmão ao molho de maracujá e tabasco

 


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