Acquarello no Brasil

[14 jan 2014 | Pedro Mello e Souza | Um comentário ]

Brilho e caldo untuoso do arroz acquarello, no risoto com manchego e pata negra, no Bazzar, Ipanema (Foto: Pedro Mello e Souza)

Antes de mais nada, sem piadinhas com Ary Barroso. Mas preparem-se: essa melodia tem tudo para tomar conta das partituras culinárias em torno do arroz. Chega com paladar rico, pedigree nobre e um irresistível gimmick de imprensa: é envelhecido por sete anos. Trata-se do acquarello, não um tipo, casta ou variedade, mas uma marca de arroz carnaroli, que é submetido a processos especiais de secagem e polimento, pela família Rondolino, no Piemonte.

 

Provei na Roberta Sudback, no Vieira Souto e, duas vezes, no Bazzar.

 

O tal processo de envelhecimento leva a uma alteração no amido e nas proteínas, que trazem três festas para quem faz risoto: o grão mais cremoso, maior absorção dos temperos e uma maior resistência a erros, já que continua al dente por mais tempo do que o que se acostumou a ver. O processo de polimento é outra garantia de grão íntegro e resistente. E o sistema de debulha não descarta o germe, que é misturado ao arroz durante a etapa final do seu preparo.

 

Tudo isso custa dinheiro – segurar um produto parado por sete anos, mais ainda -, portanto, nada de choradeira na hora da conta. É caro mesmo, como tudo aqui, nesse Brasil em forma de acquarello. Sem trocadilho, claro, como prometido.

 

Arroz Acquarello, antes de ser ensacado: grãos inteiros e brilhosos (Divulgação)

 


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Depoimentos

  1. Maysa Alexandrino disse:

    O Acquerello é maravilhoso!
    Desde que o descobri, é o único que utilizo em casa para fazer risotto.
    Não tem nem comparação com todas as marcas que já provei. Alguma inclusive são bem ruins e o grão chega a ficar poroso.
    Vale o investimento! É possível comprar uma lata entre R$ 35 a R$ 50. Rende bastante. Vale a pena!
    🙂
    Abs.
    Maysa