O rei e a linguiça

[28 dez 2018 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]
Pavelka: pão simples envolvendo tradições complexas. (Foto Pedro Mello e Souza)

Pavelka: pão simples envolvendo tradições complexas. (Foto Pedro Mello e Souza)

A serra que sobe em Petrópolis e desembarca em Juiz de Fora é um paraíso dos embutidos – salsichões, linguiças, patês e até presuntos. Por isso, é obrigação patriótica que cada bar, restaurante ou parada na estrada ofereça um dos expoentes locais, honrando a a tradição de uma área que teve colonizações de alemães, suíços e austro-húngaros, durante de e depois de Pedro II, o primeiro petropolitano honoris causa.

 

Não precisa ser de Petrópolis. Basta alguma daquelas origens que adormecem por trás da Serra do Tinguá – Paty do Alferes, Miguel Pereira, Mendes, de onde vêm as assombrosas salsicharias da Adega do Pimenta e do Herr Pfeffer.

 

Um dos resultados está aí, o sanduíche de linguiça do Pavelka, que assumiu a bandeira da referência de beira de estrada, com o lento desaparecimento da Casa do Alemão. Pão, como deve ser, discreto, macio e quase imperceptível, um veículo discreto para o que interessa, o conteúdo cheio e saboroso, com sal na medida para quem sobe a Serra e chega com sede do mesmo chope que vai enxaguar a iguaria.

 

 


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