De volta ao abade

[29 dez 2018 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]
A leveza das gemas e do toucinho no pudim à Abade de Priscos (Foto Pedro Mello e Souza)

A leveza das gemas e do toucinho no pudim à Abade de Priscos (Foto Pedro Mello e Souza)

E com a bênção monástica do pudim à Abade de Priscos. Pudim de, digamos, “leve” e “delicada” massa de açúcar derretido com canela, toucinho e cascas de limão, ao qual juntam-se gemas e vinho do porto. Depois de assado e desenformado, guarnecem-lhe nozes. A receita é atribuído ao padre Manoel Joaquim Machado Rebello, abade da cidade de Priscos, vizinhança de Braga, que seria ainda autor de uma série de outras receitas que o colocariam como um dos mais importantes cozinheiros portugueses do século XIX. Em artigo para o Jornal de Notícias, do Instituto Camões, o historiador Reis Torgal lança – e se apressa em eliminar – a suspeita de que Eça de Queiroz teria se inspirado no Abade de Priscos para conceber um dos personagens de “O Crime do Padre Amaro”, o Abade da Cortegaça.

 

O autógrafo do autor,

Doce grande é assim, com direito ao autógrafo do autor, Manoel Joaquim Machado Rebello, o Abade de Priscos.

 


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