Pajata

[12 jun 2012 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

 

Pronuncia-se “paiata”, uma forma simplificada de se falar em pagliata, ingrediente para corações fortes e paladares finos. Trata-se do intestino delgado dos cordeiros que nunca comeram – só mamaram. Eles são cortados e atados de forma que o seu conteúdo, o leite coalhado da digestão, ganhe a consistência de um creme que lembra o molho do mais refinado estrogonofe.

 

A carne em si não tem o paladar forte dos miúdos comuns. Pelo contrário, lembram gentis iscas de frango na brasa.

 

No restaurante Armando al Pantheon, do post anterior, é servido com torradas. Mas nos livros de receitas dedicados à culinária típica da cidade – a cozinha de Roma é uma coisa; a do estado do Lazio, é outra; a italiana, uma terceira; a que conhecemos, uma quarta – a pajata é servida com rigatoni. Fiquei devendo essa prova.

 

 


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