Le grand Petit Gaston

[9 mar 2018 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]
Petit Gaston: do sudoeste francês, mais um ato do dinamico e biodinamico Alain Brumont (Foto Pedro Mello e Souza)

Petit Gaston: do sudoeste francês, mais um ato do dinamico e biodinamico Alain Brumont (Foto Pedro Mello e Souza)

Pacherenc du Vic-Bilh. Mal se reconhece o francês dessa esplêndida apelação do Sud-Ouest, nova denominação francesa de vinhos estalantes, reluzentes, brilhantes, das encostas dos Pirineus. Se nenhuma das palavras está nos dicionários, é porque a tradição da língua occitana, com seu braço gascon, seu charme de Catalogne Française e seu meio sangue celta vai prevalecer. É uma das atraçoes mais agradáveis da nova carta de vinhos do Bazzar.

 

Que o diga o inquieto, dinamico e biodinãmico Alain Brumont, que sempre sacode o mercado do Velho Mundo com nova ideias. Uma delas, vejam só, a de resgatar as técnicas ancestrais daquela região – e também suas uvas, que mostram a sua cara seca, ácida, sem interferências de madeiras, mas com o repouso sobre as lias, o manto do próprio fermento. O resultado remete a uma linha ainda mais fresca do viognier.

 

Fui pesquisar mais sobre a petit courbu e descobri algo sobre seu pedigree: 1) é do mesmo ramo genético do que a tinta tannat, que andou esquecida pelos vinhos de Bordeaux até ser relembrada pelos tintos uruguaios. 2) quando a crítica Jancis Robinson se referiu à uva, o exemplo foi exatamente… Alain Brumont! Tanto quanto a língua, as antigas técnicas se mantem – é o que faz da denominação um artigo tão especial. O mesmo com as uvas.

 

Se a petit courbu é a uva quente da estação de Alain Brumont, é também o anúncio da estação fria da carta do Bazzar. Tremenda opção para explorar uvas diferentes e paladares mais ainda.

 

 


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