A vanguarda brasileira

[15 jan 2013 | Pedro Mello e Souza | Sem comentários ]

 

Green Cow Imperial IPA: qualidade e humor (FOTO Pedro Mello e Souza)

Conheci essa cerveja durante uma degustação dirigida no BeerJack. E foi uma das que relacionei como uma das melhores da seleção para a matéria sobre cervejas I.P.A., que fiz para O Globo. O rótulo é um alegre deboche. Quase psicodélico, entra no espírito guerrilheiro dos rótulos do gênero, que têm saído na Escócia e na Nova Inglaterra. E eis que o caderno Paladar, do Estadão, a coloca como um dos melhores itens de 2012. Feliz de estar alinhado com eles.

 

É cerveja artesanal, preparada com quem preza. A prova disso é o tipo de informação que lançam no próprio rótulo, como as graduações de cor e de amargor, graças aos lúpulos selecionados que usam – do tipo Centennium, americano -, aplicada durante o “dry hopping”, uma lupulagem a seco, artesanal. Taí a minha dose semanal de cervejochato. A cervejaria tem dois aninhos de vida – e vivo é o líquido: o Márcio, que entregou, deu a dica: gelo rápido.

 

Tem a cor âmbar, é ligeiramente turva, aspecto da cerveja não pasteurizada. Tem corpo de médio a intenso, é muito saborosa e aromática. Depois de alguns segundos, libera um ligeiro amargor, que se pronuncia até tomar toda a parte de trás da boca. Nariz cítrico e floral, Boca maltada, defumada, de abacaxi cozido. Final torrado é encantador. Pede imediatamente alguma coisa para compor o paladar. A Seasons recomenda cordeiro, carne vermelha e um queijo azul.

 

Tenho tomado muita coisa boa entre as cervejas brasileiras, mas, pelo que vi, bebi e anotei, é uma das melhores. Quanto aos dados do rótulo, aí vão – decifrem ou embebedem-se: 6,2%, IBU 62, OG 1060, Cor: 12,8 oSRM.

 

 

 


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